quinta-feira, 17 de março de 2011

LUTA ANTIMANICOMIAL - ENTREM NESSA LUTA

No dia 17 de Maio passado, O CAPS - Centro de Atenção Psicossocial de Santa Maria da Vitória/Ba., através de seus profissionais realizou evento em comemoração à Luta Animanicomial, onde no Centro Educacional Evereste realizamos algumas palestras sobre o tema, bem como sobre as patologias que acometem os usuários do CAPS.

Abertura:
-Debora Amaral

Palestrantes:
-Silvia Jampietro   (Médica Generalista) Tema: Drogas
-Waldenise Santos (Psicóloga)Tema: Depressão
-Patricia Fogaça    (Psicóloga)Tema: Bullying

Aproveito a oportunidade para agradecer ao Prefeito, aos Secretários Municipais, especialmente à Secretária de Saúde Sra. Cordelia Santiago, aos colegas, aos usuários e seus familiares e demais santamarienses que abrilhantaram o evento com sua presença.



LUTA ANTIMANICOMIAL
O Movimento Antimanicomial , também conhecido como Luta Antimanicomial, se refere a um processo mais ou menos organizado de transformação dos Serviços Psiquiátricos, derivado de uma série de eventos políticos nacionais e internacionais.
O termo costuma ser usado de modo generalizante e pouco preciso.
O Movimento Antimanicomial tem o dia 18 de maio como data de comemoração no calendário nacional brasileiro. Esta data remete ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado de São Paulo.
Na sua origem, esse movimento está ligado à Reforma Sanitária Brasileira da qual resultou a criação do Sistema Unico de Saúde - (SUS); está ligado também à experiência de desinstitucionalização da Psiquiatria desenvolvidas em Gorizia e em Trieste, na Itália, por Franco Basaglia nos anos 60.
Como processo decorrente deste movimento, temos a Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10216 de 2001 (Lei Paulo Delgado) como diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferido o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.
Segundo os estudos do Dr. Paulo Amarante, coordenador do livro Loucos Pela Vida: a Trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil, a reforma psiquiátrica é um processo complexo, pode-se registrar como evento inaugural, desse movimento, a crise institucional vivida pela Divisão de Saúde Mental do Ministério da Saúde, (DINSAM) na década de setenta.

Política pública de saúde mental é um processo político e social complexo, composto de participantes, instituições e forças de diferentes origens que acontece em diversos territórios. É um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, e é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da política avança, passando por tensões, conflitos e desafios.

Nos séculos passados, quando ainda não havia controle de saúde mental, a loucura era uma questão privada onde, as famílias eram responsáveis por seus membros portadores de transtorno mental. Os loucos eram livres para circulação nos campos, mas, nem tudo eram flores. Eles também eram alvo de chacotas, zombarias e escárnio público.
Com o passar dos anos, começou então a discussão e luta pela implantação de serviços de saúde mental no Brasil. Foi ai então que surgiram as primeiras instituições, no ano de 1841 na cidade do Rio de Janeiro, que era um abrigo provisório, logo após surgirem outras instituições como hospícios e casas de saúde. Somente agora no final do século XX é que a militância por serviços humanizados consegui às primeiras implantações de Centros de Atenção Psicossocial os CAPS .

Foi em 2001 que a Lei Paulo Delgado foi sancionada no país. A Lei redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.

        
     Referencias:
  1. MARANTE, Paulo. Loucos Pela Vida: a Trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil
  2.  Textos da Mostara em Saúde Mental da UFES
  3.  RESENDE,Heitor. Cidadania e Loucura: Políticas de Saúde Mental no Brasil. 7. Ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

quarta-feira, 2 de março de 2011

DEPRESSÃO


                          DEPRESSÃO 

É doença, tem tratamento e atinge em torno de 24 milhões de pessoas na América Latina.

-Um em cada quatro deprimidos procura ajuda.-

Bem diferente da tristeza ou do baixo astral, a depressão é o resultado de uma alteração da ação de neurotransmissores no cérebro. É uma doença com sintomas bem específicos e pode ser caracterizada quando estes perduram por no mínimo duas semanas.

                                       NÚMEROS

Para 1 homem, 2 mulheres sofrem de depressão. 40% a 60% dos casos de suicídio têm estreita relação com a doença. Homens depressivos morrem 4 vezes mais por suicídio que mulheres (apesar de elas cometerem mais tentativas).
A depressão tem início entre 15 e 24 anos.

                              
CAUSAS DA DOENÇA

A depressão pode ter causas apenas endógenas. É como se tudo levassse à alegria mas, mesmo assim, o indivíduo está deprimido. Entretanto, muitas vezes, o mal é desencadeado por fatores como:

o Morte de um ente querido
o Doença grave
o Estresse agudo

                                
NEUROTRANSMISSORES

São as substâncias responsáveis pelas trocas de informações do Sistema Nervoso Central (SNC). É graças aos neurotransmissores que temos emoções, sentimos prazer etc. Veja quais são os neurotransmissores que influenciam na depressão e como eles atuam e se relacionam.


                                             COMO ACONTECE A DEPRESSÃO

A sinapse (comunicação entre os neurônios) é a base do funcionamento cerebral e do sistema nervoso.


                                      
                                                                SINTOMAS 
    ·       Humor deprimido
·       Perda de interesse, prazer e energia
·       Cansaço por qualquer coisa
·       Concentração reduzida
·       Auto-estima reduzida
·       Idéias de culpa e inutilidade
·       Sono perturbado
·       Apetite reduzido

                               TRATAMENTO

Depende da gravidade dos sintomas. Basicamente, é feito com psicoterapia e antidepressivos. Normalmente, os medicamentos demoram de 10 a 15 dias para surtir efeito. Além disso, a terapia com remédios deve durar no mínimo seis meses.



Waldenise Sueli Rodrigues de Oliveira Santos 
Psicóloga/Psicoterapeuta -   CRP/BA sob Nº 03-5607
Atendimentos:
·       Caps  Centro de Atenção Psicossocial – Sta M.  Vitória/ba
·       Clínica Psicológica OLIVERSAN
·       Clínica Médica Cemeoeste – Correntina/Ba